"Acreditamos profundamente no professor; hoje ele pode ter um papel
revolucionário (ainda que correndo o risco, ao afirmarmos isto, de sermos
chamados de 'jurássicos', de utópicos). Esta onda neoliberal, que está aí
quebrando todas as esperanças, tem muitos interesses não explicitados. O
professor lida sim com a esperança, com a utopia; isto faz parte da essência do
seu próprio trabalho."
É grande o desafio que os educadores têm encontrado em relação à indisciplina em sala de aula e na escola, tanto na pública como na particular, todavia com manifestações diversas. Sabemos também que não se trata de um problemaapenas brasileiro, apesar das peculiaridades encontradas aqui; temos relatos, por exemplo, de gangues estudantis que têm enfrentado os professores na França,do alto número de alunos indisciplinados nas escolas públicas americanas, fruto da violência,
das conseqüências nefastas da rígida disciplina japonesa.Esta questão tem ocupado um espaço cada vez maior do cotidiano escolar no País. É grande também a insatisfação daí decorrente, chegando até a se constituir em causa de abandono do magistério.
Podemos perceber alguns focos da queixa: o aluno, seu desinteresse,decorrente da tecnologia a que tem acesso fora da escola; os meios de comunicação, a sua influência negativa; a família, não cumprindo seu papel; a escola, a sociedade, sua (des)organização; e, depois de um certo tempo, chega-se a colocarem questão a própria relação pedagógica.
A questão da disciplina pede, para seu enfrentamento, a ajuda de um conjunto de áreas do conhecimento, como a Sociologia, Antropologia, Psicanálise, Ética,Política, Psicologia, Economia, História, Tecnologia, Comunicação Social, além dos próprios saberes pedagógicos. Outro fato a ser considerado é que a disciplina é apenas um aspecto do processo de educação escolar, que por sua vez também é extremamente complexo e exigente, uma vez que se trata de participar da formação, ao mesmo tempo, de trinta, quarenta ou mais alunos.
Que outra atividade humana apresenta tal nível de complexidade?
Pensem nisso....
Fonte: Pesquisas em vários sites de educação/ Maria Maura
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