A indisciplina, um dos maiores obstáculos pedagógicos dos tempos atuais, transformou-se em um pesadelo para o professor. A maioria dos
educadores não sabe como interpretar um ato de indisciplina. Deve
compreendê-lo? Reprimi-lo? Ignorá-lo? Transformá-lo? Mais que uma
infração ao regulamento interno ou um ataque às boas maneiras, a
indisciplina na escola é a manifestação de um conflito e ninguém está
protegido de situações desse tipo.
Antes de julgar o comportamento indisciplinado de alguns alunos é preciso verificar a
realidade da escola, da família, o psicológico, o social, além de muitos
outros.
As estratégias usadas atualmente por parte dos professores para lidar com a indisciplina estão na contramão do que os especialistas apontam ser o mais adequado.
Pesquisa realizada em 2008 pela Organização dos Estados Ibero-Americanos com cerca de 8,7 mil professores mostrou que 83% deles defendem medidas mais duras em relação ao comportamento dos alunos, 67% acreditam que a expulsão é o melhor caminho e 52% acham que deveria aumentar o policiamento nas escolas.
Se a repreensão funcionasse, a indisciplina não seria apontada como o aspecto da Educação com o qual é mais difícil lidar em sala de aula, como mostrou outra pesquisa, da Fundação SM, feita em 2007 com 3,5 mil docentes de todo o país. Até mesmo os alunos acreditam que o problema vem crescendo, como nos mostra o site http://revistaescola.abril.com.br.
Outro aspecto de grande relevância, talvez o principal, é a família, problemas de diversas
ordens podem acarretar na indisciplina escolar, talvez esse aluno
conviva em um lar desestruturado onde os pais não se respeitam e assim
reproduzem o que presencia em casa na escola.
A indisciplina cresce constantemente, produto de uma sociedade na qual
os valores humanos tais como o respeito, o amor, a compreensão, a
fraternidade, a valorização da família e diversos outros foram
ignorados.
Professor,
antes de rotular o aluno como indisciplinado, procure saber as causas de suas atitudes , o que aconteceu ontem em sua casa, por quais problemas ele está atravessando.... Talvez ele precise apenas ser ouvido, de um amigo , de um gesto de carinho , de um afago. São gestos tão simples e custa tão pouco, somente um pouquinho de nossa atenção.
Bom trabalho!!
Por Maria Maura, Graduada em Pedagogia e Pós Graduada em Psicopedagogia
Professora da E. E. Adelaide Maciel
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